Las violaciones a los derechos humanos durante la guerra de Malvinas de 1982 suelen ser pensadas como una continuidad de la lógica político-represiva de la última dictadura cívico-militar argentina (1976-1983). Pero las memorias de algunos protagonistas de la guerra sugieren historias de más larga duración. Desde una escucha feminista sensible al cuerpo, el artículo analiza diez testimonios de ex combatientes argentinos alojados en el Archivo Oral de Memoria Abierta, prestándole atención a ciertas prácticas disciplinarias y modos de gestión de la tropa. En esas continuidades entre la conscripción - que comenzó a principios del siglo XX - y la guerra de 1982, se advierten usinas de formación de la masculinidad hegemónica en Argentina; laboratorios donde se modelaban los cuerpos de los varones y las formas más tóxicas del heteropatriarcado.
Human rights violations during the Malvinas War in 1982 are usually thought of as continuities of the political repressive logic of the last civic military dictatorship in Argentina (1976-1983). But the memories of some protagonists of the war suggest longer histories. This article analyzes ten testimonies of argentinean Malvinas veterans stored in the Oral Archive of Memoria Abierta from a feminist perspective sensitive to the body, paying attention to certain disciplinary practices and ways of managing the troops. It suggests that the continuities between the mandatory military service-which began in the early 20th century-and the war of 1982, speak of key sites for the making of hegemonic masculinity in Argentina; laboratories that modelled men´s bodies and the most toxic forms of heteropatriarchy.
As violações dos direitos humanos durante a guerra das Malvinas de 1982 são frequentemente pensadas como uma continuidade da lógica político-repressiva da última ditadura civil-militar argentina (1976-1983). Mas as memórias de alguns protagonistas da guerra sugerem histórias de maior duração. A partir de uma escuta feminista sensível ao corpo, o artigo analisa dez depoimentos de ex-combatentes argentinos alojados no Arquivo Oral da Memória Aberta, atentando para determinadas práticas disciplinares e formas de gestão das tropas. Nessas continuidades entre o alistamento - iniciado no início do século XX - e a guerra de 1982, notam-se na Argentina as usinas de formação da masculinidade hegemônica; laboratórios onde foram modelados os corpos dos homens e as formas mais tóxicas do hetero-patriarcado.